segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

das pessoas perdidas.


Outro dia desses, estava lendo um livro e compartilhei com uma amiga sobre ele. O livro fala sobre realizações de sonhos, em acreditar em você, na sua essência.
Logo de primeira, a autora explica como estava confusa no mundo. Ela não sabia o que queria da vida muito bem lá por volta dos seus 18 anos (quem sabe, né?), mas sabia muito bem o que não queria, e o livro vai se decorrendo sobre esse dom de se auto conhecer e se permitir. E lendo os relatos da autora, essa minha amiga me falou: "Que ótimo esse livro. Adoro pessoas perdidas!"
Fiquei pensando durante a tarde toda naquele resumo dela sobre o livro e percebi que ela mesma era uma das pessoas mais perdidas que eu conheço, e veja bem, eu também era! E por isso nos damos tão bem!
Comecei a pensar em todas as pessoas que eu admiro/tenho amizade/gosto de estar junto e percebi que nenhuma delas, nenhuminha era uma pessoa "achada". Todas elas não batem muito bem da caixola, não sabem muito bem o que é certo ou errado, não sabem muito bem responder onde se encontrarão daqui há 5 anos, ou 2 anos ou em muitas das vezes, 1 mês. Algumas delas nunca fizeram faculdade, nem sabem o que querem direito, algumas delas já se formaram,  mas hoje trabalham em coisas completamente diferentes. Poucas delas tem um discurso pronto sobre os planos para o futuro, e as que têm, falam meio que rindo, pois sabem que tudo pode dar errado, e... tudo bem!
E também comecei a perceber que essas mesmas pessoas são aquelas que amam viajar e contar pra você da viagem, são aquelas que sempre aceitam um convite para estar com os amigos sem motivo específico nenhum, que inventam eventos só para estarem  juntos. São aquelas pessoas que compartilham bandas novas que ouviram, que leem mais livros em um ano do que as pessoas "comuns" leem na vida. São aquelas que dão mais valor as pessoas do que as coisas, ao o momento do que ao tempo. São mais criativas do que práticas, são mais coloridas do que padronizadas, são mais justas do que corretas, são mais sonhadoras.
Eu vivo cercada de gente assim, perdidinhas da silva. E quando penso nelas, lembro da Beatriz do Chico, que o ensinava a não andar com os pés no chão. Essas pessoas me ensinam a flutuar, a viver com a cabeça nas nuvens, acreditando nos meus sonhos e sendo completamente perdida neles.
E descobri que também adoro pessoas perdidas, Carol.

Quem quiser ler o tal do livro, clique aqui.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu vi esse texto postado em outra blog e gostei tanto que vim conhecer o seu espaço. Esse texto é uma daquelas coisas que esquentam a gente!
Bjs
http://sesobrarpapel.wordpress.com/

Natallia Zuckin disse...

Essa loucura combina comigo rs
Bela percepção.