quinta-feira, 6 de maio de 2010

coreografia.



A canção era uma só
assim como éramos.
Eu falava o verso
e você completava no refrão.
E íamos assim, numa balada calma
numa valsa suave, num sambinha de amor.
Até que veio o dia em que você com seu violão
não se encaixavam em meu passos
Até que veio a manhã em que eu e minhas sapatilhas
não se acertavam com suas rimas
E tropeçávamos em cada coro
e desafinávamos cada passo.
E por amarmos o que éramos
resolvemos nos desamarrar
E por amarmos o que somos
resolvemos nos desencontrar.
Eu fui dançar em outros palcos
e você foi cantar em outros bares.
Mas sempre que eu ouço aquela música  
me encontro com seus acordes
E você sempre que acorda 
se encontra com meu pliê.
E somos um movimento infinito.
E fazemos uma canção eterna.

Um comentário:

Unknown disse...

Lindo, lindo e lindo!!!
Porque o que marca, de algum jeito fica. A beleza dos encontros... =)