sexta-feira, 9 de abril de 2010

Para o Azul.



Querido amigo,

Já não estou mais longe, mas ainda sinto que estou.
Minhas últimas aventuras não pude compartilhá-las com você por causa da falta de proximidade dos nossos corpos, mas em todo esse tempo senti você bem junto.
Quando ficava triste, via as coisas só em preto e branco, mas ouvia sua voz, cantando baixinho, e lindos azuis anunciavam a chegada de belas lembranças de outros verões em que passamos juntos.
Sempre me lembrava de nossas conversas e como elas me impulsionavam a querer prosseguir, a querer continuar a caminhada ansiosa pela volta.
Na nossa última conversamos sobre o amor e seus afins. Fiquei pensando sobre isso nesses últimos dias. Li hoje sobre o amor. Pensei se realmente entendo.
Você me disse que era fácil, e achei que isso era impossível. Mas hoje aqui em meus silêncios e solidão, vi que realmente não tem nada de complicado ou difícil em amar.
É fácil quando se vive pra isso. Sinto que pertenço a todos. Sou de todos. E de tudo que sou, eu sou.
Fiquei mais leve,me senti mais amada e mais amável com esse pensamento.
Te escrevo hoje pela necessidade constante que tenho de colocar em palavras o que tem me consumido por dentro. Gosto delas faladas, cantadas, mas na maioria das vezes as prefiro escrtias. Por isso escrevo. Mas daqui a pouco te ligo. Te canto. Essa necessidade nunca cessa.
Sabe, meu querido,voltei pra cá querendo mudar as coisas em mim. Ou querendo vê-las mudadas. Mas tenho me sentido a mesma.
Estou confusa. As coisas são como se o tempo não tivesse passado por aqui. Mas ao mesmo tempo tudo é tão diferente. As pessoas são tão rápidas, tudo passa rápido. Só a chuva, minhas dúvidas e inseguranças que se demoram a passar.
Mas enfim, não quero lhe chatear com essas coisas.
Só queria que você me ouvisse. Pois sei que você me ouve e me entende e me faz me entender.

Obrigada pelo seu amor.
Ele se reflete em mim e assim seguimos a refletir em outros.

Um abraço de quando a gente volta de uma longa viagem,
Mari

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