quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Breve intervalo

Eu escrevi esse texto à exatos 4 anos atrás.
Algumas coisas na minha mente mudaram, mas muita coisa ainda é verdade.
Achei legal ter o relido exatamente no dia dia hoje.


Acabou! Odeio essa palavra!
Por que as coisas têm que ter fim?
Eu acho que nada de bom deveria acabar. Ter um fim! Tipo, podia ter um breve intervalo, mas não um fim!
Por exemplo, comer chocolate na TPM! Não existe coisa mais insaciável do que a vontade de comer chocolate quando se ta de TPM. Mas uma hora essa ânsia tem que ter um intervalo pra você beber uma água, viver o resto do mês como uma pessoa normal (normalmente as mulheres não agem de maneira normal nesse período), fazer um exercício, comer coisas saudáveis (não que as coisas saudáveis sejam ruins), pra você não virar uma bola!

Outro exemplo de coisa que deveria ter um breve intervalo: Férias! Tipo, você precisa de um breve (e eu disse breve) intervalo para você trabalhar e conseguir mais dinheiro para poder viajar tranqüilamente nas próximas férias.

E também aquele friozinho na barriga e aquela paixão louca (e muitas vezes grudenta, chata e constrangedora pra quem tá de fora) que se sente no inicio do namoro. Um dia isso tem que ter também um breve intervalo, pra você poder enxergar o homem maravilhoso que você tem. Que ele existe mesmo, e que ele te ama e não ama a Carolzinha, Julinha, Paulinha, Pat, Tai ou Dani.

E aquelas conversas de madrugada com suas amigas depois da noitada, ou quando elas se hospedam na sua casa (ou vice-versa), que nunca têm fim? Pow... O que seria da minha vida sem essas conversas?! São momentos maravilhosos, mas que também têm que ter um breve intervalo pra você ir pra outras noitadas e viver outras coisas pra depois ter o que contar pra elas!

E dormir?? Cara, eu amo dormir! É muito bom! Ainda mais pra mim que tenho sérias crises de insônia. Mas que sentido faria o dormir se não fosse o acordar? Dormir tem que ter um breve intervalo pra você poder acordar e viver. E comer chocolate como se fosse uma das últimas coisas que você fosse comer na vida. E tirar longas férias. E se apaixonar todo dia. E conversar com suas amigas. E dormir de novo.

Pois é...

Depois de ter escrito tudo isso, descobri que as coisas realmente boas não se acabam. Elas se transformam. Transformam-se em lembranças. Em boas lembranças. Em lembranças boas. E que não têm um breve intervalo. São pra sempre.
Pra essas lembranças o acabou não existe.

Mariana Magno
05/11/04

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